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Arrecadação federal tem o pior resultado para abril em cinco anos
Dados divulgados nesta quinta-feira pela Receita Federal mostram que o país teve a pior arrecadação federal para meses de abril em cinco anos. No mês passado, o governo arrecadou R$ 109,241 bilhões, uma queda de 4,62% em relação ao mesmo mês do ano passado, descontada a inflação oficial pelo IPCA.
No acumulado do ano, a arrecadação federal coma R$ 418,617 bilhões, com queda de 2,71%, também descontada a inflação pelo IPCA.
O desempenho fraco da economia e as desonerações (reduções de tributos) fizeram a arrecadação federal registrar o menor resultado para o mês de abril em cinco anos. O valor é o menor para o primeiro quadrimestre desde 2011.
Segundo a Receita, o quadro de estagnação da economia foi a principal causa para a queda das receitas da União. A queda de 5,13% na produção industrial de janeiro a abril em relação ao mesmo período do ano passado contribuiu para a queda real (descontada a inflação) de 7,8% na arrecadação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre as mercadorias produzidas no país.
A queda de 4,36% nas vendas de bens e de serviços fez a receita do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cair 2,3% em 2015 também considerando o IPCA.
O crescimento de 6,77% na massa salarial, abaixo da inflação acumulada em 12 meses, de 8,17%, fez a arrecadação da Previdência Social cair 2,69% de janeiro a abril em valores corrigidos pelo IPCA.
Por causa da queda da lucratividade das empresas, a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) caiu 5,49% em 2015 descontada a inflação oficial.
As desonerações também contribuíram para a queda das receitas da União, fazendo o governo deixar de arrecadar R$ 38,297 bilhões de janeiro a abril. As reduções de tributos com mais impacto nos cofres federais são a desoneração da folha de pagamento, com impacto de R$ 7,464 bilhões, a redução a zero da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), com renúncia de 4,362 bilhões e a ampliação dos setores incluídos no Simples Nacional, com impacto de R$ 3,868 bilhões.
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