Utilitários Contábeis

Classificação da OMS para burnout como doença ocupacional já está em vigor no Brasil


23/01/2025
Brasil
Contábeis

A nova Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) já entrou em vigor no Brasil desde o início de 2025 e uma das mudanças mais relevantes é o reconhecimento do burnout como doença ocupacional. 

Vale lembrar que o burnout é uma síndrome caracterizada pelo esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho e, no caso do Brasil, já era motivo de afastamentos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , mas, agora, a classificação da OMS consolida a condição como uma questão de saúde pública.

Segundo dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com o burnout, com o país ocupando o segundo lugar no ranking mundial de casos. 

 

Para a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Cláudia Osório, os transtornos mentais são um risco crescente no trabalho, entendendo que a gestão por metas intensifica os impactos da síndrome.

“O pensamento neoliberal e a pressão por desempenho máximo contribuem para a alta de casos de burnout”, afirma Osório. 

Ela também menciona outras doenças associadas, como infartos, por exemplo, e esses problemas estão diretamente ligados à cultura de trabalho exaustiva.

 

Entre os sintomas do burnout estão:

  • Sensação de esgotamento;
  • Ansiedade;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alterações no sono;
  • Dores frequentes;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Depressão e isolamento social (casos mais graves).

Um sinal característico da síndrome é o cinismo em relação ao trabalho, comportamento que se manifesta em atitudes de indiferença e perda de propósito. 

Osório explica que não se trata de uma simples falta de motivação, já que “não é normal que o trabalho leve a um esgotamento tão profundo que um fim de semana não seja suficiente para recuperar a energia”. Por isso, ela ressalta que o burnout deve ser diferenciado de outras formas de depressão.

Ainda segundo a pesquisadora, a solução passa por mudanças estruturais no ambiente de trabalho e, por esse motivo, defende uma gestão mais participativa e menos focada apenas em metas e produtividade. 

Além disso, a inclusão dos trabalhadores nas decisões pode reduzir os efeitos negativos da pressão profissional.

Em vista desse cenário preocupante, ela destaca o papel dos sindicatos na proteção da saúde mental dos trabalhadores e a importância de lutarem por atendimentos psicológicos e criação de espaços para o fortalecimento de coletivos no ambiente laboral.

Com a nova classificação da OMS, espera-se que empresas e governos adotem políticas para prevenir o burnout, na tentativa de criar condições de trabalho mais saudáveis e equilibradas.


O nosso site usa cookies

Utilizamos cookies e outras tecnologias de medição para melhorar a sua experiência de navegação no nosso site, de forma a mostrar conteúdo personalizado, anúncios direcionados, analisar o tráfego do site e entender de onde vêm os visitantes.

Centro de preferências de cookies

A sua privacidade é importante para nós

Cookies são pequenos arquivos de texto que são armazenados no seu computador quando visita um site. Utilizamos cookies para diversos fins e para aprimorar sua experiência no nosso site (por exemplo, para se lembrar dos detalhes de login da sua conta).

Pode alterar as suas preferências e recusar o armazenamento de certos tipos de cookies no seu computador enquanto navega no nosso site. Pode também remover todos os cookies já armazenados no seu computador, mas lembre-se de que a exclusão de cookies pode impedir o uso de determinadas áreas no nosso site.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são essenciais para fornecer serviços disponíveis no nosso site e permitir que possa usar determinados recursos no nosso site.

Sem estes cookies, não podemos fornecer certos serviços no nosso site.

Cookies funcionais

Estes cookies são usados para fornecer uma experiência mais personalizada no nosso site e para lembrar as escolhas que faz ao usar o nosso site.

Por exemplo, podemos usar cookies de funcionalidade para se lembrar das suas preferências de idioma e/ ou os seus detalhes de login.

Cookies de medição e desempenho

Estes cookies são usados para coletar informações para analisar o tráfego no nosso site e entender como é que os visitantes estão a usar o nosso site.

Por exemplo, estes cookies podem medir fatores como o tempo despendido no site ou as páginas visitadas, isto vai permitir entender como podemos melhorar o nosso site para os utilizadores.

As informações coletadas por meio destes cookies de medição e desempenho não identificam nenhum visitante individual.

Cookies de segmentação e publicidade

Estes cookies são usados para mostrar publicidade que provavelmente lhe pode interessar com base nos seus hábitos e comportamentos de navegação.

Estes cookies, servidos pelo nosso conteúdo e/ ou fornecedores de publicidade, podem combinar as informações coletadas no nosso site com outras informações coletadas independentemente relacionadas com as atividades na rede de sites do seu navegador.

Se optar por remover ou desativar estes cookies de segmentação ou publicidade, ainda verá anúncios, mas estes poderão não ser relevantes para si.

Mais Informações

Para qualquer dúvida sobre a nossa política de cookies e as suas opções, entre em contato conosco.

Para obter mais detalhes, por favor consulte a nossa Política de Privacidade.

Contato

Olá,

Chame-nos para conversar!