De acordo com uma pesquisa realizada pela Vittude, mais de 27% dos jovens da Geração Z afirmam ter ansiedade, 36,48% relatam estresse e 27,49% sofrem de depressão. Estes números são significativamente mais altos em comparação com as gerações anteriores. Pensando nesse cenário, é possível refletir sobre como as empresas podem e devem lidar com esses jovens profissionais para não agravar ainda mais esses problemas.

“A Geração Z, nascida entre 1997 e 2012, é a primeira a crescer totalmente imersa na Era da Informação e Conectividade. Isso moldou suas expectativas e comportamentos de maneira inédita. Eles priorizam o bem-estar, o alinhamento de cultura e propósito, valorizam os relacionamentos dentro das empresas e buscam identificação nas comunicações e campanhas em geral”, afirma Cleide Cavalcante, Gerente de Comunicação da Progic, empresa líder em TV Corporativa no Brasil.

A comunicação é um dos fatores mais importantes para lidar com essa geração no ambiente corporativo. Segundo o jornal americano The Washington Post, esses jovens valorizam feedbacks que sejam oportunos, colaborativos, empáticos e equilibrados. Isso significa que as empresas precisam repensar suas estratégias de comunicação interna para atender as expectativas.

Com isso em mente, a executiva listou algumas das preferências da Geração Z no mercado de trabalho. 

1. Cultura de feedbacks 

Uma outra pesquisa, realizada pela Gallup, destaca que os funcionários da Geração Z relatam o maior declínio na sensação de se sentirem valorizados no trabalho, de terem oportunidades de aprendizado e crescimento, de participarem de discussões sobre progresso com seus supervisores e de sentirem que suas opiniões são importantes.

Para reverter esse quadro, é essencial que os líderes adotem uma abordagem de feedback constante e construtiva. Além de apontar erros, é importante oferecer sugestões de melhoria e reconhecer os esforços e conquistas dos colaboradores.

2. Transparência e alinhamento de propósitos 

A Geração Z valoriza a transparência e o alinhamento de propósitos, buscando trabalhar em empresas que compartilhem seus valores e sejam claras em suas ações e decisões. Isso significa que essas organizações devem  comunicar de maneira transparente suas metas, valores e expectativas, além de envolver os colaboradores no processo de tomada de decisão sempre que possível.

3. Uso de Redes Sociais Corporativas

Estar atento às formas de comunicação é primordial, pois essa geração é altamente conectada e acostumada a utilizar diversas ferramentas digitais. Plataformas de comunicação interna, como Slack e Microsoft Teams, facilitam a comunicação rápida e eficiente. Além disso, o uso de redes sociais internas pode ajudar a criar um senso de comunidade e pertencimento, atendendo diretamente às expectativas dos profissionais desta geração.

4. Ter um ambiente de Trabalho Inclusivo

Muitos jovens, ao não se sentirem valorizados no mercado de trabalho, podem desenvolver problemas como ansiedade, estresse e depressão. Para minimizar esses impactos, as empresas precisam criar um ambiente de trabalho saudável e inclusivo. Isso envolve desde a implementação de programas de bem-estar até a promoção de uma cultura de apoio e inclusão.

Investir em programas de bem-estar que incluam atividades físicas, apoio psicológico e workshops sobre saúde mental podem fazer uma grande diferença. Empresas como Google e Microsoft já implementaram programas desse tipo com sucesso, proporcionando aos colaboradores recursos para cuidar de sua saúde mental e física.

Promover uma cultura de apoio e inclusão é fundamental. Isso significa criar um ambiente onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados, independentemente de sua origem, gênero, orientação sexual ou qualquer outra característica. A diversidade e a inclusão não são apenas questões de justiça social, mas também contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

“Entendo que a Geração Z traz consigo desafios únicos para o ambiente de trabalho, mas também oferece oportunidades incríveis para as empresas que souberem se adaptar às suas necessidades e expectativas. Ao focar em uma comunicação eficaz, transparente e empática, e,  ao criar um ambiente de trabalho saudável e inclusivo, as empresas não só minimizarão a ansiedade, o estresse e a depressão deste público em especial, mas também construirão um time engajado e comprometido com os objetivos da organização”, conclui a executiva.