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Estudo aponta tendências que desafiam empresas
Todos os dias, os negócios das empresas e o próprio comportamento humano são impactados pelas novas tecnologias. Nos próximos anos, essas transformações deverão ser lideradas por temas como Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês), Realidade Virtual, monitoramento da saúde, desaparecimento da tecnologia e tecnologia com propósito, aponta o estudo Changes of Tomorrow realizado pela escola de negócios Hyper Island e que envolveu entrevistas com 100 líderes de mercado. Entre os clientes da instituição, fundada na Suécia, está a Unilever, Google e Target.
Segundo o levantamento, em 10 anos, assistiremos à multiplicação da AI, em que algoritmos inteligentes irão automatizar tarefas cognitivas simples permitindo aos humanos tomarem decisões mais rápidas e inteligentes.
São as máquinas sendo preparadas para ajudar no processo criativo nas empresas. A AI se torna ainda mais interessante porque para os algoritmos não existe a questão do preconceito e do receio de apresentar novas ideias, que geralmente é algum comum aos seres humanos nos processos de brainstorming. "Se a máquina é capaz de gerar um maior repertório de ideias que um grupo de pessoas, podemos começar com isso e depois trazer os humanos para verem quais são aplicáveis, coerentes e com potencial de negócios", sugere a diretora para a América Latina da Hyper Island, Nathalie Trutmann. Uma das consequências que se espera disso é que, por meio da inteligência artificial, seja mais fácil ir além da inovação incremental e criar coisas realmente novas.
Outro impacto da tecnologia na vida das pessoas será a migração para a realidade virtual de fato. A perspectiva é que a simulação do mundo físico através da realidade virtual se tornará mais comum e bem resolvida porque estará aberta a pequenos desenvolvedores e à experiência dos sensores. Isso possibilitará a oferta de experiências mais ricas, como provar roupas on-line e desenhar o seu futuro carro.
O estudo Changes of Tomorrow revela ainda que o uso da tecnologia na saúde se tornará mainstream. A análise de dados pessoais será comum através de devices que capturam dados de saúde como os batimentos cardíacos e níveis de glicose no sangue. Outra tendência é o que o levantamento chamou de desaparecimento da tecnologia que, na verdade, nada mais é do que a ideia de que essas novidades já estão tão presentes no dia a dia que passarão a ser quase imperceptível.
Nathalie cita os relógios inteligentes, que já chegaram ao mercado mas que, segundo ela, ainda não estão nem perto de ter a relevância que poderão alcançar nos próximos anos. "A tecnologia é cada vez mais parte do corpo das pessoas e isso começa a gerar uma nova forma de se comunicar com os devices, como levantar a mão para desligar uma ligação ao invés de usar a tela do dispositivo", exemplifica. Isso sem falar que em alguns países, como na Suécia, já estão sendo testados chips inseridos no corpo das pessoas para realizar ações como fazer um pagamento ou abrir uma porta. "O que hoje ainda pode parecer coisa do futuro, já está acontecendo e com barreiras cada vez menores."
A quinta e última tendência apontada pelo estudo é a tecnologia guiada por propósitos. Embora o mundo continue sendo dirigido pelas vendas e lucros, as pessoas querem se engajar com marcas que atendam a uma necessidade muito específica ou representem um propósito maior.
Para avançar, companhias precisam empoderar funcionários
A era digital tem exigido uma transformação drástica nos modelos de negócios das empresas. Além do desafio financeiro, está o do aprendizado constante sobre esse novo mundo e a busca dos caminhos que levam a um melhor aproveitamento dos benefícios que a tecnologia traz. "Existe uma infinidade de pontos cegos que demandam mais descentralização do poder, o empoderamento dos funcionários, uma maior integração das equipes e a criação de cultura de mais confiança", diz a diretora para a América Latina da Hyper Island, Nathalie Trutmann.
Uma das consequências disso é a construção de um novo modelo de liderança, em que todos nas empresas devem se sentir responsáveis por encontrar as respostas para determinado problema. "Precisamos de pessoas que assumam o papel de buscar as melhores respostas e que não deleguem isso para os chefes", observa.
Texto confeccionado por: Patricia Knebel
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