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Governo estimula o desemprego, diz presidente do SindPoa
A cada 100 brasileiros, 44 não têm emprego, de acordo com dados oficiais do IBGE. Pelo entendimento de Henry Chmelnitsky, presidente do SindPoa, esse cenário é incentivado por algumas medidas governamentais.
Às vésperas do Dia do Trabalho, Henry Chmelnitsky, presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (SindPoa) - entidade inserida no setor de Serviços, que representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro- chama a atenção para dados alarmantes do mercado. Segundo o IBGE, de cada 100 brasileiros em idade de trabalho, 53 trabalham, três procuram emprego e não encontram e 44 não trabalham, nem procuram emprego. "Acredito que, esse alto número de 44 pessoas que não procuram emprego, se dê em função de alguns planos de governo que, ao invés de proporcionarem ao cidadão formação e possibilidade de crescimento, incentivam-no ao desemprego. E a alta rotatividade no emprego sempre com ações e atitudes paternalistas e não estruturantes", afirma Chmelnitsky.
O Governo Federal, atualmente, prevê ao "empregado" estímulos à saída como multa no FGTS, aviso-prévio remunerado e 133% como férias. Além disso, o desempregado tem benefícios como o seguro desemprego e o bolsa família, que se tornam mais atraentes que o mercado de trabalho, pois hoje os setores que abrem vaga de emprego para o novo profissional são os de baixa remuneração. O presidente do SindPoa deixa claro que o desempregado deve receber ajuda governamental, mas que o problema é a forma como estão sendo aplicados esses benefícios e a precariedade do mercado de trabalho. "O governo não pode apenas entregar uma quantia à população, o governo tem a função de educar, de oferecer alternativas à sociedade. Junto com o auxilio monetário, deve vir o estudo e a formação que capacite a pessoa a crescer profissionalmente. E o mais grave que este somatório de ações paternalistas é o incentivo a informalidade", diz Chmelnitsky
O cenário empregatício brasileiro
A taxa de desemprego no Brasil é de 6,8%, uma das mais baixas da história e o rendimento dos brasileiros tem aumentado nos últimos anos. No entanto, a produtividade e o número de vagas de emprego têm caído. "Apesar do aumento da População em Idade Ativa, a taxa de participação das pessoas está continuamente caindo desde 2011. O desemprego continuou a cair, não porque empregos estão sendo criados, mas porque temos menos pessoas no mercado de trabalho", explica o professor do Departamento de Economia da USP, Hélio Zylberstajn.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2014 foram criadas apenas 400 mil novas vagas de emprego e a previsão para 2015 é de crescimento negativo. "Nessa semana, que antecede o dia do trabalho, temos que olhar para a nossa realidade, pois a previsão é de que o crescimento de empregos seja negativo e isso prejudica a nós e aos nossos colegas. Não queremos que essa situação prejudique o nosso setor, que tem tanta representatividade no PIB.Precisamos de lideranças e medidas que busquem soluções para a classe trabalhadora e que nos deem, principalmente, oportunidades", finaliza Henry Chmelnitsky.
Texto confeccionado por: Sâmela Lauz
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