Utilitários Contábeis

Governo estimula o desemprego, diz presidente do SindPoa


28/04/2015
Brasil
Contabilidade na TV

A cada 100 brasileiros, 44 não têm emprego, de acordo com dados oficiais do IBGE. Pelo entendimento de Henry Chmelnitsky, presidente do SindPoa, esse cenário é incentivado por algumas medidas governamentais.

Às vésperas do Dia do Trabalho, Henry Chmelnitsky, presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (SindPoa) - entidade inserida no setor de Serviços, que representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro- chama a atenção para dados alarmantes do mercado. Segundo o IBGE, de cada 100 brasileiros em idade de trabalho, 53 trabalham, três procuram emprego e não encontram e 44 não trabalham, nem procuram emprego. "Acredito que, esse alto número de 44 pessoas que não procuram emprego, se dê em função de alguns planos de governo que, ao invés de proporcionarem ao cidadão formação e possibilidade de crescimento, incentivam-no ao desemprego. E a alta rotatividade no emprego sempre com ações e atitudes paternalistas e não estruturantes", afirma Chmelnitsky.

O Governo Federal, atualmente, prevê ao "empregado" estímulos à saída como multa no FGTS, aviso-prévio remunerado e 133% como férias. Além disso, o desempregado tem benefícios como o seguro desemprego e o bolsa família, que se tornam mais atraentes que o mercado de trabalho, pois hoje os setores que abrem vaga de emprego para o novo profissional são os de baixa remuneração. O presidente do SindPoa deixa claro que o desempregado deve receber ajuda governamental, mas que o problema é a forma como estão sendo aplicados esses benefícios e a precariedade do mercado de trabalho. "O governo não pode apenas entregar uma quantia à população, o governo tem a função de educar, de oferecer alternativas à sociedade. Junto com o auxilio monetário, deve vir o estudo e a formação que capacite a pessoa a crescer profissionalmente. E o mais grave que este somatório de ações paternalistas é o incentivo a informalidade", diz Chmelnitsky

O cenário empregatício brasileiro

A taxa de desemprego no Brasil é de 6,8%, uma das mais baixas da história e o rendimento dos brasileiros tem aumentado nos últimos anos. No entanto, a produtividade e o número de vagas de emprego têm caído. "Apesar do aumento da População em Idade Ativa, a taxa de participação das pessoas está continuamente caindo desde 2011. O desemprego continuou a cair, não porque empregos estão sendo criados, mas porque temos menos pessoas no mercado de trabalho", explica o professor do Departamento de Economia da USP, Hélio Zylberstajn.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2014 foram criadas apenas 400 mil novas vagas de emprego e a previsão para 2015 é de crescimento negativo. "Nessa semana, que antecede o dia do trabalho, temos que olhar para a nossa realidade, pois a previsão é de que o crescimento de empregos seja negativo e isso prejudica a nós e aos nossos colegas. Não queremos que essa situação prejudique o nosso setor, que tem tanta representatividade no PIB.Precisamos de lideranças e medidas que busquem soluções para a classe trabalhadora e que nos deem, principalmente, oportunidades", finaliza Henry Chmelnitsky.

Texto confeccionado por: Sâmela Lauz


O nosso site usa cookies

Utilizamos cookies e outras tecnologias de medição para melhorar a sua experiência de navegação no nosso site, de forma a mostrar conteúdo personalizado, anúncios direcionados, analisar o tráfego do site e entender de onde vêm os visitantes.

Centro de preferências de cookies

A sua privacidade é importante para nós

Cookies são pequenos arquivos de texto que são armazenados no seu computador quando visita um site. Utilizamos cookies para diversos fins e para aprimorar sua experiência no nosso site (por exemplo, para se lembrar dos detalhes de login da sua conta).

Pode alterar as suas preferências e recusar o armazenamento de certos tipos de cookies no seu computador enquanto navega no nosso site. Pode também remover todos os cookies já armazenados no seu computador, mas lembre-se de que a exclusão de cookies pode impedir o uso de determinadas áreas no nosso site.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são essenciais para fornecer serviços disponíveis no nosso site e permitir que possa usar determinados recursos no nosso site.

Sem estes cookies, não podemos fornecer certos serviços no nosso site.

Cookies funcionais

Estes cookies são usados para fornecer uma experiência mais personalizada no nosso site e para lembrar as escolhas que faz ao usar o nosso site.

Por exemplo, podemos usar cookies de funcionalidade para se lembrar das suas preferências de idioma e/ ou os seus detalhes de login.

Cookies de medição e desempenho

Estes cookies são usados para coletar informações para analisar o tráfego no nosso site e entender como é que os visitantes estão a usar o nosso site.

Por exemplo, estes cookies podem medir fatores como o tempo despendido no site ou as páginas visitadas, isto vai permitir entender como podemos melhorar o nosso site para os utilizadores.

As informações coletadas por meio destes cookies de medição e desempenho não identificam nenhum visitante individual.

Cookies de segmentação e publicidade

Estes cookies são usados para mostrar publicidade que provavelmente lhe pode interessar com base nos seus hábitos e comportamentos de navegação.

Estes cookies, servidos pelo nosso conteúdo e/ ou fornecedores de publicidade, podem combinar as informações coletadas no nosso site com outras informações coletadas independentemente relacionadas com as atividades na rede de sites do seu navegador.

Se optar por remover ou desativar estes cookies de segmentação ou publicidade, ainda verá anúncios, mas estes poderão não ser relevantes para si.

Mais Informações

Para qualquer dúvida sobre a nossa política de cookies e as suas opções, entre em contato conosco.

Para obter mais detalhes, por favor consulte a nossa Política de Privacidade.

Contato