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Meu processo atual de planejamento: o que está e o que não está funcionando
Ao longo dos anos, o meu processo de planejamento passou por muitas adaptações. A vida muda, e a forma como organizamos nossos dias também precisa acompanhar esse ritmo. Hoje, vou compartilhar como planejo minhas atividades, o que tem funcionado para mim nesse momento e o que deixei de lado ao longo do caminho. Talvez isso te inspire a refletir e ajustar o seu próprio sistema de planejamento!
O que está funcionando no meu planejamento
1. Blocos de Foco
Algo que realmente faz a diferença no meu planejamento semanal é estabelecer blocos de foco. Diferente de organizar meu tempo em pequenos intervalos rígidos, eu aloco períodos para me concentrar em categorias específicas de atividades. No meu planejamento semanal, eu decido quais áreas vão receber mais atenção — trabalho, projetos pessoais, estudo, autocuidado, entre outros.
Esses blocos me permitem lidar com diferentes áreas da vida de forma mais fluida e sem aquela sensação constante de “estou atrasada com tudo”. Quando me dedico ao bloco de trabalho, por exemplo, sei que é ali que preciso focar, sem interrupções desnecessárias. Isso tem trazido mais qualidade para o que eu faço e, principalmente, mais paz.
2. Revisão Semanal de Projetos e Planejamento Semanal
A revisão semanal de projetos se mantém firme no meu processo. É o momento de olhar para os projetos em andamento, ver o que está progredindo e o que precisa de ajustes. Faço isso toda semana, revisando também as tarefas que ficaram pendentes ou foram concluídas.
Após essa revisão, passo para o planejamento semanal, onde defino o que precisa ser feito nos próximos dias, sempre levando em consideração os blocos de foco que estabeleci. Esse passo me ajuda a entrar na semana com clareza, sabendo onde preciso dedicar minha energia. A revisão é uma prática essencial para garantir que eu não perca o rumo, e o planejamento semanal me dá uma visão clara de como vou avançar nas minhas prioridades.
3. Planejamento Mensal de Prioridades
Outro ponto que tem me ajudado bastante é o planejamento mensal de prioridades. Em vez de tentar abraçar todos os projetos e demandas ao mesmo tempo, eu defino de uma a três prioridades principais para o mês. Essas prioridades podem ser pessoais ou profissionais, mas o foco é garantir que eu avance de forma significativa nelas ao longo do mês.
Esse sistema me ajuda a evitar o famoso “overload”, que é tentar fazer tudo de uma vez e acabar não fazendo nada direito. Ao definir prioridades, sinto que tenho uma direção clara e não fico sobrecarregada.
O que eu não faço mais
1. Listas Diárias Enormes
Antigamente, eu era a rainha das listas diárias com dezenas de tarefas. Achava que quanto mais coisas colocasse no papel, mais produtiva seria. Mas com o tempo, percebi que essas listas extensas geravam mais frustração do que resultados.
Hoje, reduzi minhas listas diárias para três tarefas essenciais. São aquelas três coisas que, se forem feitas, já me farão sentir produtiva e satisfeita. As demais tarefas são “bônus”, e eu as encaixo conforme possível, mas sem a mesma pressão. Esse novo formato me trouxe mais leveza no dia a dia e diminuiu a ansiedade de não conseguir “riscar tudo”.
2. Excesso de Ferramentas Digitais
Eu já tentei várias ferramentas digitais para organizar meu planejamento, na tentativa de centralizar tudo em um único lugar. No entanto, com o tempo, percebi que o excesso de aplicativos e integrações acabava me dispersando e me desconectando da simplicidade do processo.
Hoje, meu foco está em Google Calendar e Google Tasks. Essas ferramentas são simples, práticas e funcionam bem para o meu estilo de vida. O Google Calendar me ajuda a visualizar compromissos e blocos de foco, enquanto o Google Tasks é onde listo todos os outros afazeres. Para complementar, uso um diário físico, onde faço anotações mais reflexivas, registro aprendizados e acompanho meu bem-estar ao longo dos dias.
Essa combinação de ferramentas simples tem funcionado muito bem. Voltar ao básico, sem sobrecarregar meu planejamento com muitas ferramentas, foi uma mudança essencial.
3. Planejamento de Longo Prazo Rígido
Por muito tempo, tentei fazer planejamentos detalhados com bastante antecedência. Eu ainda faço meu planejamento de vida, mas me surpreendi com o quanto a vida muda, as prioridades se transformam e tentar seguir um plano rígido só gera frustração.
Agora, mantenho uma visão geral de longo prazo, mas sem tantos detalhes. O foco está mais no curto e médio prazo, com flexibilidade para ajustar o caminho conforme necessário. Isso me trouxe mais tranquilidade e me permitiu lidar melhor com imprevistos e mudanças.
Conclusão
O processo de planejamento é algo vivo, que muda conforme a nossa vida muda. O que funcionava no passado pode não funcionar mais, e tudo bem! O importante é ter um sistema que faça sentido para o seu momento atual, e isso só se descobre com autoconhecimento e ajustes constantes.
No meu caso, os blocos de foco, a revisão semanal de projetos e o planejamento mensal de prioridades têm sido meus maiores aliados. Além disso, a simplicidade das ferramentas que uso me ajuda a manter o foco sem complicar demais. E você? Como está o seu planejamento? Que tal parar um pouco e refletir sobre o que tem funcionado — e o que pode ser deixado para trás?
- Escrito por Thais Godinho
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