Utilitários Contábeis

Orçamento de 2016 terá cortes para garantir meta fiscal


18/08/2015
Brasil
Estadão Conteúdo

Brasília - O ajuste continuará bastante duro em 2016 para garantir o cumprimento da meta fiscal de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

E o projeto da Lei Orçamentária, que será enviado no fim do mês ao Congresso, vai revelar uma fotografia mais clara do tamanho das dificuldades das contas públicas que terão que ser enfrentadas no próximo ano.

A proposta de orçamento de 2016 virá acompanhada de um aprofundamento do corte das despesas com programas considerados caros para os ministros da presidente Dilma Rousseff.

Do lado das receitas, serão apresentadas novas projeções com expectativas de aumento de arrecadação com a venda de ativos e aumento de impostos.

Caso contrário, a conta para elevar o superávit primário das contas do setor público na direção da meta de 0,7% do PIB não fecha.

O superávit previsto para o ano que vem é considerado extremamente ambicioso e ninguém no governo quer a repetição do que aconteceu com a proposta de redução drástica das metas de 2015, 2016 e 2017, quando o tombo no esforço fiscal anunciado pela equipe econômica surpreendeu negativamente o mercado financeiro no meio do ano e ainda disparou uma onda maior desconfiança em relação à política econômica, elevando o risco de perda do grau de investimento.

A estratégia desta vez é coordenar melhor as expectativas e preparar o terreno para evitar novas surpresas com a dura realidade fiscal.

O problema maior é administrar o anúncio em meio à impopularidade crescente da presidente Dilma Rousseff - alvo principal dos protestos do último domingo - e das negociações de uma agenda de crescimento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Essas medidas têm sido chamadas de agenda pós-ajuste.

A equipe econômica do governo está preocupada com a avaliação que ganha corpo nos meios políticos em Brasília de que o ajuste fiscal está perto do fim e que o foco agora se concentra apenas nas medidas voltadas para a retomada do crescimento.

O governo considera um equívoco a avaliação de senadores de que o ajuste fiscal termina com a aprovação do projeto de lei que elevou a carga tributária das empresas desoneradas da folha de pagamentos.

O projeto está em tramitação no Senado. Essa percepção tem sido verbalizada, principalmente, pelos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado.

A dupla e o presidente Renan Calheiros são justamente os "gurus" da chamada Agenda Brasil que elenca uma lista de propostas para a retomada do crescimento.

Um integrante da equipe econômica resumiu o momento de definição do ajuste fiscal com uma referência histórica à famosa frase do primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill: "Isto não é o fim. Não é sequer o princípio do fim. Mas é, talvez, o fim do princípio."

Contudo, o líder do PMDB no Senado disse que o esforço para cumprir as novas metas fiscais até 2017 será mantido. Segundo Eunício, a intenção é encerrar o discurso do ajuste pelo ajuste.

"O que queremos é acabar com o arrocho proposital", disse o peemedebista. Ele fez questão de frisar que um eventual aumento de impostos não está no "radar" do Congresso.


O nosso site usa cookies

Utilizamos cookies e outras tecnologias de medição para melhorar a sua experiência de navegação no nosso site, de forma a mostrar conteúdo personalizado, anúncios direcionados, analisar o tráfego do site e entender de onde vêm os visitantes.

Centro de preferências de cookies

A sua privacidade é importante para nós

Cookies são pequenos arquivos de texto que são armazenados no seu computador quando visita um site. Utilizamos cookies para diversos fins e para aprimorar sua experiência no nosso site (por exemplo, para se lembrar dos detalhes de login da sua conta).

Pode alterar as suas preferências e recusar o armazenamento de certos tipos de cookies no seu computador enquanto navega no nosso site. Pode também remover todos os cookies já armazenados no seu computador, mas lembre-se de que a exclusão de cookies pode impedir o uso de determinadas áreas no nosso site.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são essenciais para fornecer serviços disponíveis no nosso site e permitir que possa usar determinados recursos no nosso site.

Sem estes cookies, não podemos fornecer certos serviços no nosso site.

Cookies funcionais

Estes cookies são usados para fornecer uma experiência mais personalizada no nosso site e para lembrar as escolhas que faz ao usar o nosso site.

Por exemplo, podemos usar cookies de funcionalidade para se lembrar das suas preferências de idioma e/ ou os seus detalhes de login.

Cookies de medição e desempenho

Estes cookies são usados para coletar informações para analisar o tráfego no nosso site e entender como é que os visitantes estão a usar o nosso site.

Por exemplo, estes cookies podem medir fatores como o tempo despendido no site ou as páginas visitadas, isto vai permitir entender como podemos melhorar o nosso site para os utilizadores.

As informações coletadas por meio destes cookies de medição e desempenho não identificam nenhum visitante individual.

Cookies de segmentação e publicidade

Estes cookies são usados para mostrar publicidade que provavelmente lhe pode interessar com base nos seus hábitos e comportamentos de navegação.

Estes cookies, servidos pelo nosso conteúdo e/ ou fornecedores de publicidade, podem combinar as informações coletadas no nosso site com outras informações coletadas independentemente relacionadas com as atividades na rede de sites do seu navegador.

Se optar por remover ou desativar estes cookies de segmentação ou publicidade, ainda verá anúncios, mas estes poderão não ser relevantes para si.

Mais Informações

Para qualquer dúvida sobre a nossa política de cookies e as suas opções, entre em contato conosco.

Para obter mais detalhes, por favor consulte a nossa Política de Privacidade.

Contato

Olá,

Chame-nos para conversar!