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Piora confiança de micro e pequeno empresário em maio
A despeito dos esforços da equipe econômica para resgatar a confiança na economia, os micro e pequenos empresários do varejo se mostraram pessimistas em relação ao futuro. Segundo o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário do Varejo e Serviços (ICMPE), laçado nesta terça-feira, 9, pelo SPC Brasil, a confiança desses empresários atingiu 37,60 pontos em maio. O resultado está abaixo da marca de 50 pontos, que separa otimismo de pessimismo numa escala de zero a 100 pontos.
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a delimitação do estudo aos micro e pequenos empresários justifica-se pelo fato de haver poucas sondagens focadas em empresas desse porte, que representam parcela importante do número de estabelecimentos de varejo e serviços. "Dados da Relação Anual de Informações (Rais) mostram que as micro e pequenas empresas com empregados respondiam em 2012 por 38,7% dos estabelecimentos no segmento do comércio e 35% de serviço", disse. Ainda de acordo com Marcela, o trabalho permite também avaliar os rumos da economia sob a perspectiva de quem se coloca em contato direto com o consumidor final e vem somar-se às sondagens focadas em outros setores, como indústria e construção civil.
De acordo com Flávio Borges, gerente de Finanças, Planejamento e Gestão da SPC Brasil, a amostra em que se baseia o ICMPE é constituída por 800 empresas e foi desenhada a partir do Anuário do Trabalho Sebrae/Dieese, da Pesquisa Anual do Comércio e da Pesquisa Anual de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Dentro do comércio, o estudo considerou apenas o varejo por ser o segmento que responde por 79,8% do setor, de acordo com o IBGE", disse Borges. O Indicador de Confiança é composto por dois outros indicadores: Condições Gerais e Expectativas.
O de Condições Gerais, que mede a percepção do empresário com a trajetória da economia e do seu negócio nos últimos seis meses registrou 23,39 pontos, "O resultado indica que, na percepção dos entrevistados, houve piora bastante sensível nas condições gerais", disse Marcela. O indicador de expectativas do empresário com relação aos próximos meses, tanto para a economia quanto para os negócios, marcou 46,69 pontos. "O resultado reflete desconfiança com os rumos da economia num futuro próximo", destacou Marcela.
Chamou a atenção de Marcela o fato de, no âmbito do dado de expectativas, as Expectativas para os negócios terem atingido 55,11 pontos, enquanto as Expectativas para a economia terem ficado em 38,37 pontos. O Indicador de Condições Gerais ficou em 23,39 pontos, as Condições Gerais dos negócios, em 30,18 pontos e as Condições Gerais da Economia, em 16,60 pontos. "Quando se trata da situação do próprio negócio, em que o sucesso depende mais do esforço do próprio empresário, a confiança é maior que o indicador das Condições Gerais da economia", completou Marcela.
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