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Profissionais com 40 anos em alta no mercado de trabalho
Nos últimos anos, um fenômeno curioso e que vai de encontro as previsões dos últimos anos tem se mostrado em uma crescente, um postura que está ressurgindo com um novo vigor, renovado e cada vez mais vem sendo percebido: Profissionais na faixa dos 40 anos estão se tornando os preferidos de muitas empresas. Embora o discurso corporativo tenha, por muito tempo, promovido a busca por jovens talentos, já que os mesmos estão altamente ligados a inovações, tecnologia, e com facilidade de inovar, o mercado começa a valorizar o que esses quarentões trazem de melhor: maturidade, experiência e um equilíbrio raro e de imensa valia em tempos onde a mudança é constante, e por que não, diária.
Por que estão em alta?
A preferência por profissionais nessa faixa etária pode ser explicada por vários fatores. Primeiro, os quarentões geralmente trazem uma bagagem técnica e comportamental consolidada. Já possuem experiência vasta em mudanças dinâmicas, com altos e baixos e são “calejados” para situações não convencionais do dia a dia, diferentemente de profissionais mais jovens, que ainda estão em fase de aprendizado e amadurecimento, ou dos mais velhos, que muitas vezes enfrentam preconceitos relacionados à adaptação tecnológica. Os quarentões reúnem o melhor dos dois mundos: energia para executar e experiência para evitar erros básicos e intermediários.
Por exemplo, em funções estratégicas como liderança de equipes ou gerência de projetos, empresas buscam pessoas que saibam lidar com conflitos, comunicar-se bem e tomar decisões ponderadas. Alguém com 20 anos a menos pode ter conhecimento técnico avançado, mas, sem vivência, tende a cometer erros que poderiam ser evitados por um profissional mais experiente.
O segredo em tempos de mudança: “Experiência”
Além disso, os quarentões têm algo essencial no mercado atual: flexibilidade aliada à resiliência. Muitos passaram por transformações digitais e econômicas significativas nas últimas décadas, adaptando-se constantemente. Como exemplo, imagine um analista de Recursos Humanos que começou sua carreira gerindo processos manuais e, ao longo dos anos, aprendeu a dominar ferramentas como sistemas de gestão e automação. Ele não apenas entende os processos em sua raiz, sabendo como e para que cada processo deve ser utilizado, e com isso, consegue ter clareza sobre como é possível otimizá-lo utilizando tecnologia ou outra novidade que surja.
Valores Pessoais e Planejamento a longo prazo
Outro ponto é a valorização do profissional comprometido e estável. Enquanto jovens profissionais buscam, muitas vezes, trocas rápidas de emprego e desenvolvimento pessoal acelerado, o quarentão oferece às empresas um senso maior de lealdade. Isso não significa que eles aceitam estagnação, mas tendem a priorizar estabilidade e propósito, algo que as empresas veem como uma vantagem em um mercado com alta rotatividade, onde cada vez mais, a retenção de talentos se torna um assunto de vital importância.
Exemplos do cotidiano
Vamos a um exemplo prático: imagine uma empresa de consultoria que precisa de um gerente de projetos para liderar uma grande transformação organizacional. Um profissional de 40 anos ou mais provavelmente já enfrentou crises corporativas, geriu equipes diversas e vivenciou mudanças econômicas. Isso lhe dá uma visão estratégica e habilidades interpessoais que vão além da teoria aprendida em cursos.
Outro exemplo está no setor de vendas. Uma pessoa com mais experiência não apenas conhece o produto, mas também sabe como se conectar com clientes de diferentes perfis e antecipar objeções. Sua habilidade de criar relacionamentos de longo prazo é uma das razões pelas quais empresas de setores competitivos valorizam a maturidade.
Um mercado mais inclusivo?
Essa tendência também reflete uma mudança no comportamento das empresas em relação à inclusão etária. Durante anos, o foco esteve nos jovens, mas, ao perceberem que um time diverso em idades traz mais equilíbrio e resultados, as organizações começam a rever suas estratégias de contratação.
Entretanto, ainda há desafios. O preconceito contra profissionais mais velhos (acima dos 50 anos) persiste, e o mercado precisa ser mais inclusivo em todas as faixas etárias. Além disso, para que essa valorização dos quarentões seja sustentável, é essencial que eles também continuem investindo em aprendizado contínuo, atualização tecnológica e aprimoramento de soft skills.
A preferência pelos quarentões é um reflexo de um mercado que valoriza mais do que diplomas ou juventude: busca resultados, equilíbrio e visão de longo prazo. Esses profissionais, ao combinar a experiência adquirida com a vontade de aprender, tornam-se pilares essenciais para as empresas enfrentarem os desafios de um mundo em constante transformação.
Que essa tendência sirva como inspiração para todas as faixas etárias: o aprendizado e a adaptação são armas poderosas em qualquer etapa da vida, principalmente hoje, quando o 40 é o novo 30!
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