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Secretário da reforma tributária afirma que contadores terão atuação diferente no novo sistema tributário brasileiro
Na última sexta-feira (30), o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, ressaltou que os contadores terão papel importante nesse novo sistema tributário, especialmente no período de transição.
“O contador tem a capacidade de interpretar os dados e as informações das empresas, e uma formação que permite fazer isso e que tem que ser mais utilizada”, ressaltou Appy.
O secretário extraordinário da reforma tributária ainda acrescenta que os contadores, a partir da reforma tributária, passarão a participar da própria gestão das empresas, prestando apoio estratégico, em um âmbito muito mais abrangente do que é atualmente.
Com a reforma tributária, os contadores terão melhores condições de se dedicar ao suporte estratégico a seus clientes e menos à execução das tarefas rotineiras que acabam tomando um tempo excessivo.
Sobre as obrigações acessórias, Appy reforça que o novo sistema tributário será totalmente baseado em documentos fiscais eletrônicos e todos os dados serão centralizados.
“No modelo de débito e crédito, o crédito vai depender de a obrigação anterior ter sido liquidada”, explica Appy.
Diante disso, as empresas deverão fazer suas operações comerciais mediante o uso de nota fiscal eletrônica, além de registrar, dando direito a crédito.
Também na última quinta-feira (29), Appy e o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcus Pinto, participaram de um painel realizado pela CNN Brasil e destacaram, entre outros pontos, o papel da reforma na eliminação das distorções que impedem a economia do país de crescer o quanto o poderia.
Segundo o secretário de Reformas Econômicas, “temos condições de ganhar muita produtividade com a Reforma Tributária”.
“Mercadorias vão deixar de viajar pelo Brasil de forma ineficiente, as plantas vão estar localizadas nos lugares mais eficientes. Além disso, vamos deixar de escolher em que serviço ou setor investir com base em benefício tributário e passar a escolher com base no retorno que aquele investimento pode causar. Isso vai ser gigante para o país”, afirmou.
Conforme o novo sistema da tributação do consumo no país, Appy ressaltou “três níveis de problema”:
- Complexidade;
- Oneração de investimentos e exportações;
- Geração de distorções na organização da atividade econômica.
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